De repente do riso fez se o pranto
silencioso e branco como a bruma
e das bocas unidas fez se a espuma
e das mãos espalmadas fez se o espanto
de repente da calma fez se o vento
que dos olhos desfez a última chama
e da paixão fez se o pressentimento
Deverias chamar te Claridade
Pelo modo espontâneo, franco e aberto
Com que encheste de cor meu mundo escuro.
Se você está pensando
Que eu estou me importando
Claro que eu estou
Eu não sou feito essa gente
Que ama e de repente
Tchau, e se acabou
A um passarinho
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis
Deixe te de histórias
Some te daqui.
Seja Feliz
Foi, fico como todo amor se vai
Sem nem dizer aonde vai
foi e eu fiquei sem ninguém
À espera do que não vem
Que melancolia
Foi, foi só porque eu nada fiz
Como um adeus que nem se deu
pois seja muito feliz
Infeliz já sou eu
Pra sofrer sofro eu.
Ah, se eu pudesse dizer tudo que tenho trancado aqui no peito.
Mas não posso.
Eu não posso nem chorar.
Eu acho que, se eu chorasse, iam sair pedras dos meus olhos.