Depois de meses de um amor que agonizava, hoje o enterro.
Ele morreu, acabou.
Muito já sofri, é verdade, mas sei que o pior ainda está por vir.
Agora é o luto e a ausência.
Não é fácil ver um amor morrer.
Mas posso dizer que lutei, lutei até o último minuto para que ele sobrevivesse, fiz tudo o que podia fazer, fiz tudo o que tinha para fazer.
Se há uma culpa que não carrego é de ter sido fraca.
Mas há uma hora na vida em que é preciso assumir, por mais dolorosa que seja, que uma hora as coisas chegam ao fim.
Há muito tempo que já carregava um cadáver nas costas, o cadáver de um relacionamento.
Ele já começava a pesar demais e cheirar mal.
Era hora de enterrá lo de vez, colocar um punhado de terra por cima e virar as costas para seguir com a vida.
Outros amores virão, partirão, mas espero que o amor de verdade chegue e que venha para ficar, se for para me fazer feliz.
Mas agora, enterro um amor que morreu, um amor que acabou.
Deixo rosas sobre o túmulo, mas levo comigo os espinhos.
Espero em breve deles me livrar.