Meus pensamentos se infundem
Na tua loção sensual.
Então eu caminho adentro
Da solidão dessa estrada
Meu peito rompe se no topo
Desse gozo virginal,
E deságuo ao descobrir
Que minha saudade não é alada
As asas se dissiparam
Na vastidão desse caminho.
Tentei fazer a alquimia perfeita
Para não te perder.
Mas aqui, nesse deserto,
Estou desnudo e sozinho,
Misturei notas, criei acordes,
E não encontrei você
Como um perfumista,
Peguei a essência de diferentes rosas.
Mas a química perfeita da tua alma
Parecia não existir mais.
Em versos vãos, transformei lembranças
Em simples prosas
A saudade do teu cheiro
Envenenou me em nos umbrais!
Diante dessa estrada
Empoeirada de anêmica paixão,
Acho que a sombra da morte aparece
Em sorrateiros sinais.
E ao perigoso romper desse iludido,
E indelével coração,
Destilo me junto ao chão
No aroma vermelho dessa lembrança fugaz